domingo, 22 de agosto de 2010

E o que te importa?

Perguntas como "De onde viemos?", "Para onde vamos?" e "Esta é a vida real?" são frequentes no mundo todo. Eu, com todo perdão da palavra, acho isso tudo um grande desperdício, não vejo a importância que esse povo todo vê nisso, e acho um tema muito bobo para valer uma vida.
Imagine, viveu uma vida inteira buscando respostas cosmológicas para aplicar numa teoria atômico-molecular que pega o sentido de rotação do elétron e relaciona com o campo magnético criado por ele e ainda com forças elétricas que garantem a coesão molecular, a polaridade responsável pela adesão de angiospermas que conseguem retirar a água do solo e levar até as folhas, pressão positiva, pressão negativa, nucleófilo, ELETRÓFILO, AAAAAAAAAAH.
Relaxa, eu sei que você pulou o parágrafo de cima, espertinho. Eu também o faria. Se o parágrafo é chato desse jeito, imagine a vida frustrada desse filho da puta, que apesar de tudo não descobriu de onde veio.
Não confunda e pense que estou menosprezando a ciência, porque não estou. A grande questão é, vale a pena viver uma vida regida por perguntas cujas respostas talvez nunca serão alcançadas e que não mudarão merda nenhuma? Do pó viemos e ao pó retornaremos, isso não basta?
Pra mim também não, de verdade. Eu vim da minha mãe, 17 anos atrás, e, com grande infelicidade, amanhã vou à escola.
Ou melhor, o que te importa o lugar de onde vim e o lugar aonde vou?
Sacou a idéia?
Estou vivo e vivo da forma que quero, quando minha mãe e o vestibular deixam. Não existe segredo para se viver, quem te falou que a fórmula para alcançar a felicidade está num livro, seja ele a bíblia ou o próprio Segredo, mentiu.
ABAIXO OS MENTIROSOS CRIADORES DE FALSAS ILUSÕES! TENHO 17 ANOS E JÁ QUERO APOSENTAR, PORQUE PRECISO DORMIR, E AINDA NÃO FIQUEI RICO!
Se vou ficar ou não eu não sei, mas vou dedicar a minha vida a coisas que me satisfaçam. Não vou dispensar uma boa música, a comida da minha mãe, as risadas dos colegas e principalmente não vou dispensar minha namorada, prefiro descobrir filmes estupidamente ridículos e românticos com ela a inventar uma fórmula matemática.
Todos viemos com um único propósito, viver. Quem fica procurando respostas para isso ainda não descobriu nem seu próprio propósito, imagine o resto. A vida é tão curta e mesmo quando se vive loucamente não dá para aproveitar tudo, então por que não aproveitar nada? Isso é masoquismo.
Pra mim, a beleza da vida tá na simplicidade, não vou passar minha vida inteira questionando o inevitável, vou fazer o inevitável para que seja feliz.
E o que me importa falar disso, né? Quem sou eu. Pois é, e o que te importa? Me importo bem mais com a janta que tá saindo daqui a pouco do que com universos fechados ou não.


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